RINOPLASTIA SECUNDÁRIA

Rinoplastia SECUNDÁRIA

O nariz ocupa o centro da face, uma posição de destaque, por isso as pequenas alterações no seu formato podem causar um desagradável incômodo psicológico, que Anna Freud denominou de “complexo de Cyrano”, numa referência ao personagem literário Cyrano de Bergerac, que teve sua personalidade totalmente influenciada pelo nariz enorme. Se Cyrano tivesse se submetido à cirurgia plástica de nariz, com certeza não teria empurrado sua amada Roxana para os braços de seu amigo Cristiano. A rinoplastia surgiu na Índia – onde era comum o castigo de cortar o nariz de ladrões e mulheres adúlteras – com o objetivo de fazer retalhos e recompor o que havia sido mutilado. Ainda hoje, um dos retalhos usados para a reconstrução do nariz é conhecido como retalho indiano. No livro sagrado de ciência e religião Sushruta Samhitá, escrito em torno de 600 a.C., já se encontram descrições técnicas de rinoplastia. A cirurgia de nariz é considerada uma das mais desafiadoras dentro da cirurgia plástica. Ela exige do cirurgião uma habilidade cirúrgica em alto grau e sensibilidade artística para planejar e esculpir o nariz em harmonia com a face e assim preservar a naturalidade. Não existe um modelo ideal de nariz. Cada caso é estudado minuciosamente e são discutidas as expectativas e limitações com o paciente. Cirurgião e paciente deverão estar sempre de acordo sobre o resultado possível de se obter.
A Rinoplastia ou Cirurgia Plástica de Nariz possui um alto grau de complexidade principalmente pela difícil anatomia no nariz. Para a realização de uma cirurgia plástica de nariz exige muita habilidade e sensibilidade artística do cirurgião plástico. Devido aos avanços das técnicas da Rinoplastia é possível remodelar o nariz, reduzir ou aumentar seu tamanho, alterar a forma, diminuir as narinas ou mudar o ângulo entre o nariz e o lábio superior, sempre visando benefício estético e funcional ao paciente. Quando se trata de RINOPLASTIA SECUNDÁRIA a complexidade é ainda maior, devido à alteração da anatomia e do tecido cicatricial do nariz decorrente da cirurgia anterior. Com isso é necessário que o cirurgião seja altamente qualificado, pois a segunda cirurgia de nariz é sempre mais difícil do que a primeira, tendo como objetivo corrigir defeitos estéticos deixados pela primeira Rinoplastia e se a técnica correta não for utilizada (ou o corpo do paciente responder de forma inesperada(fibrose), o resultado pode não ser o desejado. Para o médico, o desafio é sempre muito grande. A Rinoplastia Secundária deve ser sempre encarada pelo paciente como uma tentativa de melhora, pois os resultados são limitados. Os pacientes que vão se submeter a Rinoplastia Secundária devem ter consciência das limitações cirúrgicas e da diferença de resultados da Rinoplastia Primária, onde todos os desejos podem ser mais facilmente alcançados pelo cirurgião. A primeira observação que o cirurgião na Rinoplastia Secundária deve se atentar é o tipo de pele do paciente. Pacientes com pele fina tem mais facilidade em tornar visíveis os enxertos utilizados na cirurgia, para remodelar o novo nariz.
O melhor candidato para a Rinoplastia Secundária é o paciente com pele de espessura média. A Rinoplastia, tanto a Primária e muito mais a Secundária, terá mais dificuldade em ver o mesmo resultado em pacientes com pele grossa. Isto se deve ao fato de que quanto maior a espessura da pele, menor será a contração da pele sobre a escultura realizada no nariz. Portanto, por mais que todas as técnicas corretas sejam feitas pelo cirurgião, por muitas vezes não é possível ficar aparente o trabalho realizado pelo médico. Além de o inchaço ficar muito maior em pacientes com pele grossa, a demora em atingir o resultado também é muito maior. Ressaltamos que existe a possibilidade de que a ponta do nariz não alcance o resultado desejado. Portanto, o nariz com pele grossa não pode ser muito reduzido no seu tamanho de frente, isso deve estar bem claro ao paciente antes da Rinoplastia Secundária, pois vai nortear a limitação que o cirurgião tem em tornar o nariz pequeno na visão frontal. A espessura da pele do nariz também tem relação direta com a recuperação cirúrgica, após a Rinoplastia Secundária. Pacientes com pele fina também vão ter seu inchaço (edema) diminuído rapidamente quando comparado a outros pacientes de pele grossa. Em geral, pacientes que procuram a Rinoplastia Secundária demonstram frustração e tristezas, e por isso é muito importante para o sucesso do resultado que o paciente tenha a consciência de ouvir, conversar sobre todos os desejos e entender todas as limitações da nova cirurgia.

Independentemente do profissional escolhido, existem vários motivos que podem contribuir para o insucesso da Rinoplastia, indicando a necessidade de uma Rinoplastia Secundária:


– Expectativas nada realistas do paciente, trazendo eternas insatisfações para o paciente;


– Pele muito grossa, pele fibrótica (devido a outras cirurgias), pele aderida ao esqueleto nasal ou forro nasal insuficiente são consideradas características desfavoráveis ao cirurgião;


– Má execução técnica da cirurgia anteriormente usada na Rinoplastia Primária;


– Produtos não recomendados, como Pmma-Poli, o uso de preenchimentos de materiais aloplásticos e implantes de silicone no nariz podem trazer consequências gravíssimas e danos irreparáveis ao nariz.

 Esses produtos, após alguns meses/anos no organismo, podem causar rejeição, ocasionando infecção no local, dor, inchaço, vermelhidão e em casos mais graves até mesmo perda de parte do nariz;

 

– Trauma ou manuseio indevido sobre o nariz após a cirurgia;


– Desalinhamento das cartilagens da ponta, fazendo com que uma parte da cartilagem seja visível ou palpável;


– Resposta imprevisível do organismo do paciente, especialmente em relação à produção de tecido de cicatrização (fibrose).

 

– Ação das forças respiratórias sobre o esqueleto do nariz.


É muito importante que o cirurgião faça um exame minucioso para executar o planejamento cirúrgico e mostrar Claramente ao paciente os benefícios e as limitações da Rinoplastia Secundária.

O Cirurgião escolhido para realizar a Rinoplastia Secundária tem que ter muita experiência em Rinoplastia e Rinoplastia Secundária. Deve utilizar as técnicas mais avançadas e mais elaboradas para conseguir um melhor resultado, mas o paciente tem que lembrar de que a cirurgia será realizada utilizando estruturas já abordadas cirurgicamente e, por isso, sem as condições ideais da Primária. A realização de uma segunda Rinoplastia depende do grau de insatisfação do paciente. Se o mesmo estiver muito insatisfeito, deve fazer a cirurgia, lembrando que não há nariz perfeito e a cirurgia não vai atingir a perfeição. Se o incômodo for pequeno, deve repensar muito sobre o desejo de realizar a cirúrgia , pois a perfeição não existe e muito menos na Rinoplastia Secundária. O profissional escolhido para realizar a Rinoplastia Secundária deve ser sempre um especialista no assunto e membro da Sociedade Nacional de Cirurgia Plástica (SBCP).
É fundamental para o sucesso e a satisfação tanto do paciente, o nervosismo existente por parte dos pacientes nas consultas e os desejos de narizes perfeitos, atrapalham o entendimento e a clareza necessária para executar a Rinoplastia Secundária. Entendemos que por muitas vezes os pacientes estão muito nervosos e com narizes de atores ou atrizes como desejo, mas sonhar com um nariz que não está dentro dos padrões estéticos da harmonia da sua face e nem das limitações do seu organismo não vai ser realizado e é muito importante que se entenda isso antes de realizar a cirurgia.

Devemos lembrar que todo procedimento operatório envolve riscos anestésicos e cirúrgicos. Após realizar a Rinoplastia Secundária é muito importante conversar, acatar e acreditar na credibilidade do cirurgião e entender que alguns itens abaixo relacionados podem trazer angústias e insatisfações momentâneas sem necessidade durante o período do pós-operatório.

 

São elas:


– Ansiedade de ver resultado muito rápido: Não esperem resultado nos primeiros meses de cirurgia. Pacientes que passam todos os dias se olhando e medindo cada milímetro do nariz não serão felizes com nenhum resultado, pois nenhum nariz é simetricamente perfeito e nem desincha de um dia para o outro. Portanto realize a cirurgia, acredite no profissional que escolheu e espere o tempo necessário para ver um resultado.


– Entendemos a ansiedade e o nervosismo existente na cirurgia de nariz, pois é a cirurgia mais complexa e mais demorada para obter o resultado final, que nunca aparece antes de 1 ano. Com 1 ano o médico já pode ter uma noção de como estão as estruturas nasais e já dá para perceber como o nariz vai ficar. Mas devemos lembrar que o resultado final mesmo demora anos e que se um paciente vir uma foto de 2, 3, 5 anos após a cirurgia todos esses momentos estarão diferentes, a cada ano o nariz estará menos inchado e tomando formas mais desejadas pelo cirurgião no ato cirúrgico.


– Trauma ou manuseio indevido sobre o nariz após a cirurgia: É muito importante não manusear o curativo em hipótese nenhuma, somente os médicos podem mexer no curativo, apertar o nariz ou tentar descolar o curativo antes da hora. Essa atitude, se for realizada pelo paciente, vai com certeza prejudicar, podendo causar deslocamentos dos enxertos milimetricamente posicionados na cirurgia, além de causar depressões e irregularidade no resultado final.


– Respeitar o tempo de repouso no pós-operatório recomendado pelo médico para sair em lugares públicos, boates, shows, etc. é muito importante para não ocasionar traumas e deslocamentos dos enxertos. Uma leve esbarrada no simples cumprimento de beijos pode deslocar os enxertos e causar graves danos.

– Nos primeiros meses, seu nariz ainda vai estar inchado, e pode ocorrer de um lado ou uma narina ficar diferente do outro. Não se preocupe. O edema é temporário e não interfere no resultado final.


– Pequenos sangramentos podem ocorrer nos três primeiros dias. Se houver sangramentos, repouse com a cabeça elevada e introduza um pequeno pedaço de algodão embebido em água oxigenada na narina que estiver sangrando. Se o sangramento persistir ou aumentar, ligue para seu médico.


– Na primeira semana de pós-operatório, você ficará com um curativo de gesso cobrindo o nariz. Este curativo não pode ser molhado. Tome banho normalmente, mas muito cuidado para não molhar o gesso. Na segunda semana, é colocado um curativo de micropore (fita da cor da pele) mais leve e discreto, que permanece até o 14o dia.


– O nariz deve ser limpo cuidadosamente com cotonete embebido em água oxigenada para evitar o acúmulo de crostas que podem dificultar a respiração.


– A higiene do rosto pode ser feita com lenços umedecidos. Para os pacientes de pele oleosa, recomenda-se lenços de controle de oleosidade.


– Evite falar e sorrir em excesso para evitar aumento do inchaço.


– Os lábios podem ficar ressecados devido à respiração pela boca. Para seu maior conforto, utilize manteiga de cacau ou outro hidratante para os lábios.


– Evite alimentos de difícil mastigação. Procure fazer uma alimentação nutritiva e não gordurosa.


– Não ingira bebidas alcoólicas na semana após a cirurgia. O álcool pode aumentar o edema.


– Recomenda-se dormir de barriga para cima. Dormir de lado pode deixar um lado mais inchado que o outro. Se isso ocorrer, não se preocupe. Não vai prejudicar o resultado da cirurgia.


– Não tome sol por um mês após a cirurgia ou enquanto houver manchas roxas.


– Os óculos podem ser usados após liberação médica.


– A relação sexual deve ser evitada na primeira semana pelo risco de sangramentos e traumatismos.


– Não faça nenhum esforço físico significativo na primeira semana. Exercícios físicos só serão liberados a partir de 20 dias ou dependendo da sua recuperação, a critério médico.


– Evite dirigir na primeira semana.

RINOPLASTIA SECUNDÁRIA

 

O que é e quando fazer?

 

A Rinoplastia Secundária é uma cirurgia que visa corrigir defeitos estéticos ou funcionais que resultaram de uma Rinoplastia prévia. A realização de uma segunda Rinoplastia depende do grau de insatisfação do paciente, que deve lembrar que não existe nariz perfeito – se for apenas uma insatisfação leve, melhor não operar!

 

 

Resultados

 

Embora seja possível corrigir a maioria dos problemas, alguns pacientes têm condições de pele e mucosa interna do nariz que precisam ser bem avaliados para saber se permitem um conserto satisfatório ou tornam a situação inoperável. Por isso, a segunda cirurgia é sempre mais difícil do que a primeira e, por sua complexidade, só deve ser realizada por cirurgião especialista em Rinoplastia Estruturada.
Antes de tudo, os pacientes que procuram a Rinoplastia primária ou a Rinoplastia Secundária devem entender que não existe nariz perfeito, encarar a cirurgia como uma maneira de melhorar o formato do seu, e analisar o resultado como um todo, sem se prender a detalhes mínimos e irrelevantes. É preciso lembrar que a Rinoplastia é uma cirurgia muito difícil e que o tecido de cicatrização, por exemplo, não está totalmente sob o controle do cirurgião. O grande inimigo do pós-operatório é a fibrose que se forma após a Rinoplastia e que tende a puxar as cartilagens e pode causar deformidades de contorno. Para evitar o efeito da fibrose, é muito importante que o médico saiba utilizar as técnicas corretas de Rinoplastia Estruturada, mas ainda assim há risco do resultado ser desfavorável se o corpo responder de forma inesperada.

 

 

Como identificar um especialista em Rinoplastia Estruturada

 

A realização da Rinoplastia Secundária com médicos sem a formação adequada em Rinoplastia Estruturada pode deixar seu nariz ainda pior e trazer complicações impossíveis de corrigir. Todo cuidado é pouco ao escolher seu cirurgião plástico.
– Procure saber em que universidade e hospital fez sua formação
– Se o cirurgião plástico é especialista em Rinoplastia
– Se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
– Investigue sua participação em Congressos e apresentação de trabalhos sobre esta cirurgia
– Averigue com pacientes operados pelo cirurgião o grau de satisfação com o resultado e o tratamento

 

Benefícios e limitações

 

Para o cirurgião, a Rinoplastia Secundária é um desafio, não só pela dificuldade técnica da cirurgia, mas especialmente pelos sentimentos de frustração, depressão e até raiva do paciente em relação ao médico responsável pela realização da Rinoplastia prévia.
O especialista em Rinoplastia Estruturada deve ser atencioso, saber ouvir e oferecer conforto ao paciente, sem oferecer resultados inatingíveis e sem críticas ao profissional responsável pela realização da Rinoplastia prévia. A análise do caso deve ser realista, mostrando ao paciente os benefícios e as limitações da Rinoplastia Secundária, feita sobre estruturas já operados e, por isso, sem as condições ideais.

 

Local seguro

 

Por ser um procedimento ainda mais complexo, o local da realização da cirurgia deve ser hospitais ou clínicas que ofereçam total segurança.

 

Motivos para a Rinoplastia Secundária

 

Há vários motivos, a maioria independente da habilidade do cirurgião, que podem fazer necessária uma nova cirurgia do nariz, entre elas:
– Características desfavoráveis do paciente, como pele muito grossa e fibrótica, devido a cirurgias prévias ou preenchimentos, ou aderida ao esqueleto nasal, forro nasal insuficiente, grandes perfurações septais

– Expectativas exageradas e pouco realistas do paciente quanto ao resultado possível da cirurgia
– Inabilidade do médico no diagnóstico dos problemas estéticos do nariz do paciente ou na técnica de execução da cirurgia
– Curativo mal colocado
– Trauma no nariz depois da Rinoplastia
– Fibrose ou produção de tecidos de cicatrização imprevisível
– Formação de dobras de cartilagem causada pela contração do tecido de cicatrização que sempre se forma após a cirurgia
– Escultura assimétrica das cartilagens da ponta
– Desalinhamento das cartilagens da ponta, que faz com que uma parte da cartilagem fique visível
– A pele, após a cirurgia, com o passar dos anos, pode ficar mais fina, tornando visíveis irregularidades e contornos das cartilagens

 

Como é feita a Rinoplastia Secundária

 

Antes da cirurgia, o cirurgião realiza estudos matemáticos detalhados das proporções do nariz em relação à face do paciente e faz o planejamento cirúrgico baseado nestes resultados e no senso estético, utilizando modelos fotográficas como referência ou até mesmo a simulação computadorizada para mostrar ao paciente o que deve ser corrigido e como isto pode ser feito. O paciente deve ser informado de que esta simulação não é uma promessa, nem uma certeza, em relação ao resultado. Os desenhos aprovados pelo paciente podem ser levados à sala de cirurgia, servindo como referência para o cirurgião realizar a Rinoplastia estruturada, o que garante resultados cada vez mais naturais e diminui a chance de insatisfação após a Rinoplastia Secundária.

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