LIPOASPIRAÇÃO

Lipoaspiração de Abdome

A lipoaspiração, técnica utilizada para se remover gordura de determinadas áreas do corpo, é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados em todo o mundo. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são feitas cerca de 300 mil lipoaspirações por ano.

A lipo surgiu em 1977 por causa de uma história de amor. O cirurgião francês Yves Gerard Illouz inventou a lipoaspiração para resolver o problema da namorada, que não podia usar decote nas costas por causa de um lipoma, tumor benigno formado por células gordurosas. Pela cirurgia normal para a retirada do lipoma, ela ficaria com uma cicatriz muito grande nas costas, que continuaria impedindo que ela usasse os seus decotes. Illouz teve, então, a ideia de colocar uma cânula ligada a um aparelho de aspirar para terminar com o problema sem deixar marcas Segundo o cirurgião plástico Rodrigo Mangaravite, a técnica de lipoaspiração desenvolveu-se muito nos últimos anos, ficando cada vez mais segura e menos agressiva. A antiga má fama de perigosa, devido a casos mal sucedidos, ficou para trás: hoje, ela tem ótimos resultados e muita segurança, desde que realizada por um especialista e em ambiente hospitalar adequado.

A lipoaspiração é indicada para redução do volume de gordura localizada.

 

A lipoaspiração pode melhorar o contorno do corpo e a silhueta, além de retirar a gordura que não sai com dietas e exercícios.

A lipoaspiração não é uma técnica de emagrecimento, como muitas pessoas pensam. Ela é feita para retirar o excesso de gordura localizada, melhorando a harmonia das curvas e modelando o contorno corporal. As irregularidades e depressões causadas pela celulite podem não ser eliminadas pela lipoaspiração, mas ela melhora a aparência estética da região afetada. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica estabelece um limite de segurança de retirada de gordura em torno de 5% a 7% do peso total da pessoa.

Segundo o Dr. Rodrigo Mangaravite, que atende em suas clínicas em São Paulo e no Rio de Janeiro, os pacientes ideais para a lipoaspiração são jovens, com gordura localizada, que estejam no peso ideal ou próximo dele. Isso porque a lipoaspiração não retira pele excedente, e a retração da sobra da pele após a cirurgia vai depender da elasticidade da pele e sua consequente capacidade de retração.

A lipoaspiração pode ser feita: – no abdome; – no flanco; – no dorso; – nas pernas; – nos braços; – na face. Nas mulheres, o estrógeno provoca acúmulo de gordura nos glúteos e culotes, especialmente. Nos homens, os hormônios favorecem o aumento de gordura principalmente no abdome e na cintura.

Segundo Dr. Rodrigo Mangaravite, a anestesia pode ser local, local com sedação, peridural ou geral, dependendo da região a ser operada e do volume de gordura a ser lipoaspirado. 

De 12 horas à 24 horas, dependendo da extensão da cirurgia de lipoaspiração.

O local da incisão fica com um pequeno curativo de micropore e gaze para proteger os pontos, que deve ser trocado após o banho. É normal um vazamento de líquido de coloração sanguinolenta na região dos pontos nas primeiras 48 horas. Os pontos são retirados de sete a dez dias após a lipoaspiração.
Externamente, aparecem inchaços (edemas) e manchas roxas (equimoses), que costumam desaparecer em no máximo um mês. Internamente, a cicatrização ou fibrose provoca um endurecimento na região operada, que dura de um a dois meses. O resultado final, com a retração da pele que sobra, aparece no espaço de dois a seis meses.

Usar cinta elástica 24 horas por dia durante 30 dias. Embora seja desconfortável, sua utilização auxilia a cicatrização, a redução do edema e a retração da pele. A cinta só pode ser retirada para o banho e não deve ficar apertada – deixá-la justa demais prejudica a circulação, causa ainda maior desconforto e retarda a cicatrização.


Fazer drenagem linfática para diminuir o inchaço e o enrijecimento a partir da primeira semana. Ela não é obrigatória, mas auxilia muito na recuperação, acelerando a redução do edema, das equimoses e das dores no pós-operatório. Quando executada de forma eficaz, a drenagem linfática aumenta a velocidade do escoamento do excesso de líquidos do corpo. A drenagem manual proporciona que o profissional experiente visualize nódulos, ondulações, acúmulos de líquidos e trabalhe da melhor forma no local afetado. A drenagem com aparelhos é recomendada após 15 dias e também auxilia muito na remoção da fibrose.
Nos dois primeiros dias após a lipoaspiração, faça só um banho higiênico. Nos dias seguintes, já é possível tomar banho normalmente. É recomendado pedir auxílio nas primeiras vezes, pois é comum ter tonturas e desmaios quando se retira a cinta para tomar banho pela primeira vez. Caso isso ocorra, recoloque a cinta e deixe o banho para o dia seguinte.


Alimentação hiperproteica, rica em carnes, ovos e leite, aliada ao consumo de frutas, é recomendada no pós-operatório. Depois, é importante fazer uma reeducação alimentar para prevenir a causa da lipoaspiração.


Não faça regimes rigorosos durante este período: você pode ficar com o sistema imunológico comprometido, prejudicando a cicatrização.


Beba cerca de três litros de líquidos por dia na primeira semana. Bebidas isotônicas, sucos de frutas e água de coco são excelentes para a reposição de líquidos.


Não ingira bebidas alcoólicas durante uma semana após a lipoaspiração. O álcool pode aumentar o edema.
É normal que o intestino fique lento nas primeiras semanas, mas é importante regularizá-lo. Caso não funcione a partir do terceiro dia, é recomendado o uso de reguladores de intestino, sob orientação médica.
Na primeira semana, deve-se dormir de barriga para cima. Esse é um dos pontos de maior desconforto para o paciente. Mas, caso você vire durante a noite, dormindo, não tem problema.


Não tome sol por dois meses após a lipoaspiração, para evitar manchas e cicatrizes escurecidas. Se houver manchas roxas, é indispensável aplicar o bloqueador solar.
Evite relações sexuais nas primeiras duas semanas, pelo risco de traumatismo no local e pelo aumento da dor.


O exercício físico deve ser evitado pelo menos por um mês, mas o paciente pode retomar suas atividades normais imediatamente após a operação, na lipoaspiração pequena, e em até duas semanas, nas de maior porte.

O mais comum, apesar de raro, é o seroma (acúmulo de líquido na área lipoaspirada). Ele pode ser evitado usando-se drenos em lipoaspirações mais extensas e solucionado com punções para esvaziamento. A ocorrência de tonturas e fraqueza é comum na primeira semana, devido à perda de líquidos durante a lipoaspiração. Evite levantar-se rapidamente, porque isso pode ocasionar uma queda de pressão, levando a desmaios. Quando for se levantar ou realizar algum esforço significativo, faça-o lentamente. Respire fundo, e só levante quando estiver se sentindo bem. Se começar a sentir tontura, é melhor pedir ajuda, sentar ou deitar até que a circulação se regularize novamente. Na primeira semana, o local ficará inchado e com algumas áreas de equimose. Esse inchaço vai regredindo aos poucos. Pode ocorrer de um lado ficar mais inchado e roxo do que o outro. É importante lembrar que isso é temporário e não interfere no resultado final. Em muitos casos, o inchaço atinge regiões que não foram manipuladas. É muito comum a região genital ficar inchada e com equimoses na lipoaspiração do abdome. As equimoses atingem seu pico em até cinco dias, e variam de uma leve vermelhidão até totalmente pretas. Tendem a sumir completamente em até quatro semanas. A partir da segunda semana, com a ajuda da drenagem linfática, há uma melhora progressiva do inchaço, proporcionando maior conforto a cada dia.

As cicatrizes da lipoaspiração são pequenas e em áreas escondidas pelas dobras naturais da pele. Ficam imperceptíveis após alguns meses.

A dor é muito subjetiva, e depende da sensibilidade de cada paciente. Algumas pessoas são mais resistentes à dor e sentem apenas um leve desconforto no local, independentemente da área ou volume aspirado. Geralmente, a lipoaspiração dói no local aspirado. Algumas áreas são mais sensíveis e doem mais (como abdome e flancos), outras doem menos (culote e pernas, por exemplo). A dor é mais intensa nos primeiros dias e vai reduzindo gradativamente. Dormências e formigamentos também são comuns e podem vir acompanhados ou não de dor. É importante lembrar que a dor não está relacionada à quantidade de gordura retirada. A medicação analgésica prescrita é importante para trazer alívio. Normalmente, é utilizado um analgésico forte associado a um anti-inflamatório.
Existem três tipos de lipoaspiração, todas com a mesma finalidade de retirar gordura: – a lipoaspiração tradicional, feita com cânulas ligadas a um aparelho de aspiração; – a lipoaspiração com seringa, realizada com cânulas conectadas a uma seringa em que se faz um vácuo e para aspirar a gordura; e – a vibrolipoaspiração, feita com cânulas ligadas a um aparelho que faz um movimento de vai e vem e é conectado a um aspirador.
Na lipoaspiração tradicional, a aspiração da gordura é feita pelas cânulas. Elas têm um suporte para as mãos, possibilitando que a retirada da gordura seja realizada com movimentos de vai e vem, entrando e saindo da gordura do tecido que se quer lipoaspirar. A técnica é muito boa, desde que realizada por um cirurgião experiente, e ainda é a mais utilizada. A maioria dos cirurgiões faz lipoaspiração desta forma, por ser a técnica mais antiga, mais divulgada e de menor custo. As cânulas são reutilizadas, sem risco de contaminação, desde que lavadas e esterilizadas, como todos os materiais cirúrgicos. Mas a tendência é que ela caia em desuso, devido à evolução dos aparelhos.
A lipoaspiração com seringa é ótima também, principalmente para retirada de material para enxerto. A cânula é conectada a uma seringa, faz-se um vácuo nesta seringa, entra-se na gordura com movimento de vai e vem e retira-se a gordura que, com a mesma seringa, é colocada no lugar desejado. Existem cirurgiões que só fazem lipoaspiração com seringa. Esta técnica requer um pouco mais de experiência porque, por não ter a ajuda do aparelho de aspiração, o cirurgião tem que ter maior controle do vácuo efetuado no local.
A vibrolipoaspiração pode ser feita com vários aparelhos, entre eles o vibrolipo e o micro-aire. O micro-aire é um aparelho moderno que usa a tecnologia para auxiliar o cirurgião na realização da lipoaspiração. Ele produz um movimento de vai e vem, diminuindo o trauma nos tecidos. Devido a este movimento, a vibrolipoaspiração é realizada com menos esforço físico para o cirurgião. Assim, ele pode fazer uma lipoaspiração menos agressiva, com menor trauma nos vasos sanguíneos e na derme, levando a uma retirada de gordura com maior precisão. Graças ao trauma menor, a vibrolipoaspiração resulta em muito menos desconforto, dor, edema e equimoses no pós-operatório. O paciente apresenta uma recuperação melhor, e o retorno às atividades normais é em tempo mais curto.

Todas as lipoaspirações feitas com a devida cautela proporcionam excelentes resultados.


As grandes vantagens da lipoaspiração tradicional são o menor custo e o fácil aprendizado. O material é mais acessível e, como muitas pessoas fazem, é mais fácil de acompanhar o cirurgião e começar a aprender como se faz.


As principais desvantagens deste método são o maior desgaste físico do cirurgião e o maior trauma dos tecidos – como o cirurgião faz mais força, traumatiza mais os tecidos.


A principal vantagem da lipoaspiração com seringa é ser um ótimo meio para recolher material para enxerto. A principal desvantagem é que requer um grande tempo de aprendizado, principalmente para fazer o refinamento.


Já em relação à vibrolipoaspiração, suas grandes vantagens são o menor trauma para o paciente e o menor desgaste para o médico. As principais desvantagens são o custo do aparelho e o tempo maior de aprendizado.


Existem novos aparelhos de lipoaspiração sendo lançados, como o SlimLipo, equipamento a laser recém-aprovado pelo FDA (órgão americano de controle de medicamentos). O processo é semelhante ao da cirurgia convencional, mas ainda não é muito utilizado porque está em fase de aprendizado.

As duas retiram a gordura localizada, mas só a lipoescultura repõe ou enxerta parte da gordura aspirada em outras áreas que precisam de preenchimento, como glúteos, vincos da face, boca, áreas de depressão no corpo. Popularmente, usa-se o termo lipoescultura para denominar a lipoaspiração feita em várias áreas numa mesma cirurgia.

Existem lipoaspiração e enxerto de gordura. O enxerto de gordura consiste em retirar a gordura de uma área e colocar em outra. Costuma-se dizer que se faz uma lipoescultura quando se injeta gordura lipoaspirada de outra região do corpo.

A lipoaspiração retira apenas a gordura; não retira a pele e não resolve a flacidez, podendo, em alguns casos, até piorá-la. 


É, portanto, indicada apenas para casos de acúmulo de gordura localizada em pacientes próximos ao peso ideal, sem excesso de pele.


A abdominoplastia retira a pele excedente e estica a que sobra. Só retira a gordura que sai junto com a pele, e é indicada para pacientes com excesso de pele ou flacidez, com ou sem excesso de gordura.


Para pacientes com os dois problemas – gordura e flacidez –, o recomendado é a lipoabdominoplastia, associação da lipoaspiração para retirada de gordura e da abdominoplastia para retirada da pele, em uma mesma cirurgia.

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